domingo, 27 de abril de 2014

da tecnoestrutura e dos desajustamentos

quem estudou administração terá conhecido, melhor ou pior, mais superficial ou mais aprofundamente, o conceito de tecnoestrutura de Mintzberg; é um conceito que alguém considerou que caía que nem ginjas na escola e na educação;
há uma direção (seja colegial ou unipesspoal, saiba ou não para onde ir ou o que fazer), há uma tecnoestrutura geralmente associada ao conselho pedagógico e órgãos de apoio, que poderão ser estruturas educativas de nível intermédio ou esquemas mais ou menos funcionais, como sejam reprografias, secretaria, etc; na base aqueles que trabalham, os profs, pois claro;
esta ideia vigorou durante bastantes anos na análise e interpretação da escola como organização e ainda há quem se bata por ela com unhas e dentes;
não me interessa dissecar as suas mais valias ou os seus defeitos, apenas destacar que pode ser uma leitura da escola como organização, particularmente quando dá jeito ao diretor ou à direção; umas vezes utiliza-se a tecnoestrutura para dar ideia de participação (e não de dúvida do próprio), outras utiliza-se a linha direta que une diretor ao professor pouco importando a tecnoestrutura ou os órgãos de apoio;
mas este esquema dá conta do significativo desfazamento existente entre o que foi a escola e o que ela é hoje, de uma estrutura funcional, mais larga ou apertada, mais estrutural ou de apoio, com uma escola que hoje se enleia nas suas dúvidas do que é ou do que deve ser, perdida nas suas múltiplas funções que não apenas as escolares (ou com o alargamento do conceito de escolar(idade)) não se entendendo quanto aos procedimentos a adoptar que permitam facilitar a vida a quem lá está e trabalha;

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