terça-feira, 29 de abril de 2014

coisas do espetáculo

não é por o autor ter ganho há pouco tempo o nobel, é mesmo pelo ensaio que considero deveras interessante; interessante pela análise que faz à sociedade por intermédio de uma das suas dimensões, a cultura;
esta "civilização do espetáculo" dá-nos conta «de um mundo onde o primeiro lugar na tabela de valores é ocupado pelo entretenimento e onde divertir-se, fugir ao aborrecimento, é a paixão universal»;
esta civilização não se restringe aos mais novos, com as suas particularidades vai dos graúdos, dos mais velhos, dos pretensamente veiculadores de outras culturas, aos mais novos, aos nossos alunos;
é uma cultura hedonista, como uns lhe chamam, do prazer, do clique, do será bom não foi, do usar e deitar fora; da adrenalina, do politicamente correto, dos processos de vinculação, de olhar aos fins esquecendo que os meios são determinantes; é olhar os resultados e esquecer as pessoas;
a moenga, em meu entendimento, é que os mais novos estão mais adequados a esta dinâmica de espetáculo, os mais velhos apenas mostram desajustamentos, contradições, incoerências e, muito particularmente, muita estupidez;

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