segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Coisas da praxe e a praxe do governo

Aquilo que aparentemente o senhor ministro da educação se propõe fazer, de reunir reitores e associações académicas, tendo como objectivo analisar - senão mesmo proibir - as praxes não é, como pressupõe o seu antecessor, mariano gago, impor-se contra coisas fascistas, é, em meu enteder, pura e lúcida estupidez;
Que as praxes precisam de ser limitadas ou condicionadas? Não discuto, como não discuto que este governo também deve ter limites claros contra a estrupidez e o esmiframento daqueles que designam como povo;
que as praxes devem ter algum bom senso e os estudantes envolvidos tacto?, não discuto, como não discuto que os nossos políticos deviam ser pessoas sérias, fazerem o que prometeram e não o contrário do que defenderam em tempos;
Que as praxes deviam ser enquadradas num tempo e num espaço? Perfeitamente de acordo se as políticas estivessem também elas amarradas a um tempo e a um contexto e não valessem só  porque sim;
Sou de esquerda e sou a favor da praxe, não porque seja estupida ou simplesmente conservadora; isso até os politicos da nossa praça o podem ser e advogar-se, naquilo que lhe dá jeito e vai ao interesse;
Sou a favor da praxe enquanto espírito de grupo e de criação de laços de identificação social e institucional;
sou contra toda e qualquer forma de excesso, seja ela expressa em nome de uma qualquer praxe ou de um governo eleito e da crise que o suporta;
Sou contra a praxe pela praxe, mas também sou contra a desvinculação dos pais perante a acção dos filhos, como sou contra os Pilatos que lavam as mãos da coisa quando não lhes da jeito e os apresentam como cicerones quando lhes convém fazer bonecos;
Sou contra um governo que pretende desregulamentar a educação pública e se preocupa com a praxe como se fosse o cerne das suas políticas educativas;
Tenham juízo... F.R.A......F.R.E

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