sexta-feira, 1 de julho de 2011

propostas

a discussão hoje, em sede de parlamento, sobre a questão educativa evidencia duas situações incontornáveis na política nacional;
uma primeira refere-se à ambição que qualquer governo e qualquer ministro utilizar a educação como plataforma ideológica da sua acção governativa; o discurso do novel ministro, mesmo quando mostra referências contrárias à ideologia, afirma-se nela, numa outra perspectiva, para defender a sua acção governativa; desde sempre presente que a escola e a educação são áreas privilegiadas de confronto ideológico - este governo não podia perder a sua oportunidade, pois claro;
como segunda referência, o gosto, sempre presente, em todos os governos e em todos os ministros da educação, de virarem o sistema, regressar ao princípio como se fosse este o princípio; nuno crato hoje abordou praticamente todas as áreas da educação, desde os serviços do ministério aos resultados escolares, passando pelos diferentes sistemas de avaliação, programas, currículos, exames, etc, etc; ainda que numa ou noutra área tenha reconhecido que existem diferenças entre o que se diz e defende e aquilo que é possível de aplicar, quando honestamente afirmou que não sabe como se irão processar algumas das mudanças, não deixa de ser elucidativo da sua sofreguidão para mexer no sistema; 
e o sistema que se dane, afinal ele tem aguentado com tudo e com todos e, por muito incrível que por vezes possa parecer, continua a funcionar...

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