domingo, 17 de outubro de 2010

quo vadis

apetece-me perguntar, quo vadis europa, para onde caminhas tu europa;
portugal está como está, de garrote apertado; a espanha não está melhor, muito obrigado, a islândia debate-se na sua banca rota, a irlanda afunda-se, aquele que foi em tempos o tigre celta, exemplo a seguir inclusivamente por partidos nacionais, a grécia está paralisada, como está a frança em face das contestações; a itália junta aqueles que são os menos esperados fruto das aflições; a leste tudo na mesma, polónia, roménia, hungria viram as expectativas da união europeia irem pelo cano das dificuldades económicas;
safam-se, em princípio e salvo melhor oportunidade, a alemanha, motor europeu que dita regras e define normas, a inglaterra, fora do euro, com margens próprias de acção;
aparentemente a europa está sem lideres, os que existem nem no nacional conseguem sobreviver, resistir; faltam ideias, formas de afirmação de outras alternativas;
a união europeia é um enorme flope, uma desilusão, um vazio; seja ele a comissão que, aparentemente esbraceja no lodo económico, seja o parlamento, onde a democracia tem manifestas dificuldades em se afirmar como alternativa; houve uma revisão, uma espécie de preparação federalista, com o nome de lisboa e tudo, mas que de onde nada resulta ou sai, coisa que o comum dos mortais não percebe as implicações ou consequências;
o modelo social europeu, conquista do pós 2ª guerra está declaradamente colocado em causa pelos extremismos e radicalismos de direita, na suécia, na holanda, na dinamarca; a noruega nem quer ouvir falar de união europeia; a filandia, outrora icon europeu, desvanece no meio da confusão;
um qualquer zapping pelas notícias europeias e apercebemo-nos do cinzentismo, da confusão, do caos;
resta perguntar o que restará deste caos, da confusão e da dúvida do estado social europeu...

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