sexta-feira, 22 de outubro de 2010

futuro

sempre me pautei pelo livre pensamento, pela crítica pontual, por vezes impertinente, reconheço, pela reflexão e pelo debate;
são questões de feitio, defeito de feitio; apesar de militante não abdico do meu pensamento, de pensar e analisar aquilo que me rodeia, nomeadamente no campo das políticas, onde, à semelhança daqueles com quem aprendi, sempre valorizei a autonomia, a reflexão;
tem custos, que sempre assumi, preferindo a liberdade de opinião, ao carneirismo seguidista e cego;
isto como intróito ao congresso federativo que amanhã se realiza em viana do alentejo;
momento de consenso, de assunção colectiva de desideratos partidários, de algum unanimismo também;
reconheço-me na moção de capoulas santos; pela regionalização, pela abertura e pluralismo político, pelo papel que évora tem de assumir se o alentejo se quiser afirmar, não contra nada, nem contra ninguém, mas, de forma mais complexa, a favor da região, de uma dinâmica regional como da permanente afirmação das políticas sociais, dimensão incontornável do partido socialista;
contudo, neste momento federativo de consensos torna-se também essencial questionar sobre as lideranças nacionais; se é certo que, contra tudo e a despeito de todos, assumi a minha preferência por josé sócrates, antes de qualquer coisa ou entendimento, também agora defendo que há que equacionar se sócrates faz ainda parte das soluções do ps ou se é parte do problema para a sua afirmação política do partido;
e a federação deve saber e poder assumir as suas orientações e opções sem seguir exemplos romanos mas evidenciando estratégias de futuro;
e é de futuro que se trata...