quarta-feira, 29 de abril de 2009

quantidade

na escolinha pretende-se criar uma folha de acta com carácter quantificado;
na apresentação, lembrei-me das actas do período Veiga Simão, onde se procuravam quantificar comportamentos, regras, aproveitamentos e de tudo um pouco, em espaços próprios, com indicações precisas;
é entendível esta preocupação, quer no passado quer no presente ,de reduzir ao quantitativo a diversidade social;
por um lado, o quantitativo procura padronizar, uniformizar e homogeneizar uma realidade, a social, que é por si diversa, heterogénea e poliforme;
por outro, é um instrumentos de governo que ao uniformizar e padronizar procura encontrar as regularidades necessárias à gestão (e governação) das pluralidades sociais;
o mais parecido nos tempos presentes refere-se ao conceito de políticas públicas, habitualmente traduzidas na quantificação, na criação de indicadores de desempenho, na monitorização dos sistemas;
considero inegável a pertinência da criação de indicadores de desempenho social que permitam aferir do funcionamento dos sistemas e das organizações, mas atirar isso para o corpo de actas onde a marca é a diferenciação é querer responsabilizar outros pelo seu desempenho...

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