quarta-feira, 4 de março de 2009

esquerda

a esquerda política e partidária, em termos europeus, sempre se caracterizou pela irreverência, ousadia e procura de alternativas;
é aqui que assenta o chamado modelo social europeu, foi neste pressuposto que A. Gore e B. Clinton apresentaram, no início dos anos 90 do século passado, as propostas de "reinventing the government";
por cá, a esquerda de governo enleia-se e enreda-se nas tramas do poder e acaba por ser mais institucionalista que progressista e insiste em temas fracturantes para se arvorar de radical e de alternativa;
nesta minha região destaca-se o carácter acéfalo de ideias e de estratégias, apenas continuidade nacional e esquemas tácticos de preservação da posição;
torna-se fundamental que, face à crise e à alteração de lógicas e modelos de governação, a esquerda seja capaz de criar alternativas, experimentar outras soluções, arriscar na imaginação e na utopia, apostar na diferença;
sem isso, então, é que não teremos alternativa mas apenas alternância;

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