m. alves coloca no seu cantinho um texto de um outro autor com a qual estou perfeitamente de acordo;
e acrescento mais;
no tempo da democracia, desde que me lembro de dar atenção à coisa educativa, que me lembro de chavões, palavras, apelos, sentidos sentimentos que os políticos responsáveis pela área da educação utilizavam como mote;
podiam ser vazias, ocas, despidas, podiam significar nada, mas existiam palavras que trocávamos, que ouvíamos, que aplaudíamos ou repudiávamos;
mas existiam palavras, desde os tempos de sotto mayor cardia, as da gestão democrática, passando por r. carneiro, da autonomia ou de projecto educativo, das de f. leite relativamente à inclusão das crianças com necessidades educativas, as de m. grilo relativamente ao pré-escolar ou ao novo modelo de gestão, às de l. rodrigues, da escola a tempo inteiro;
essas ou outras, muitas outras, eram palavras que davam aos profissionais da educação algum sentido, ânimo mesmo para discutir os sentidos que a educação ia ganhando com o tempo, com os modos e com as modas;
hoje não temos nada, o vazio de palavras e de sentidos, a ausência de qualquer som que nos pudesse orientar;