sexta-feira, 31 de agosto de 2012

fim/princípio

termino a semana e encerro um ano letivo, o de 2011/2012, com a consciência que está tudo pronto para poder começar de forma perfeitamente normal um novo ano, o de 2012/2013;
preparadas e organizadas as reuniões - serão algumas nestas duas semanas antes de as aulas começarem efetivamente - definida a estratégia de gestão para o primeiro período, articulados, para já entre os colegas da gestão, os objetivos que prosseguimos, estabelecidas as metas e as linhas de orientação do trabalho da equipa, estamos prontos para receber os colegas, os de sempre e alguns, poucos, novos, para conversar e fazer o que sempre todos fizemos, fazer de conta que nada mudou e que tudo está na mesma e que os objetivos são sempre os mesmos, ensinar a quem quer aprender...

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

critérios

publicado e ainda sem grande alarido na blogosfera da minha esfera, o normativo que determina "as regras e procedimentos a observar quanto à celebração, acompanhamento, e avaliação dos contratos de autonomia, portaria 265/2012;
sem grandes aprofundamentos, ainda não digeri a dita cuja, algumas notas soltas:
é de regras que se trata, regras para cumprir e para contornar?
interessante que o último dos princípios seja a primeira das preocupações, "Promoção da cidadania, da inclusão e do desenvolvimento social através da melhoria dos resultados escolares e diminuição do abandono escolar"; 
a assunção do quase óbvio, do não dito mas sempre afirmado, que a escola mais não é que uma delegação/extensão da tutela, engraçado falar-se de autonomia mas assumir-se o condicionamento de quem a exerce, isto é: "assenta no pressuposto de que a escola constitui um serviço responsável pela execução local da política educativa nacional", (artº 3º, ponto 2); não haverá espaço para uma política local? a autonomia pressupõe execução e não criação de políticas? 
mais, esta autonomia não pressupõe autonomia pois consiste tão somente na "atribuição de competências" (ponto 3, do artº 4) e não no assumir de responsabilidades próprias do local; 
sem ser finalmente, pois muito há a dissertar sobre a coisa, é o expresso reconhecimento que o serviço público de educação não atingiu, por razões que não são aqui opinadas, a qualidade necessária pois torna-se essencial a criação de "plano de desenvolvimento da autonomia que vise melhorar o serviço público de educação" (alinea a do artº 6º) e, esta melhoria, não é alcançada pela autonomia mas pela delegação de competências;

ordem

pela desconformidade dos regulamentos e das orientações locais, decorrentes da legislação que mudou e muito, aproveita-se a organização do trabalho escolar para ir redigindo o regulamento, pelo menos uma proposta de trabalho que lhe seja suporte; 
é a prática, ou a sua descrição, que determina e implica a redação de uma proposta de regulamento; aproveita-se a ordem para ir pensando formas de regular as relações e os processos em detrimento da regulamentação e a proposta que surge vai exatamente no sentido de adequar a norma política à ação local; 
o que resultará será determinado pela ação (e conveniência) local e não certamente pelas orientações de política educativa porque, essas fazemos o que queremos ou o que nos interessa...

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

das invariáveis

as invariáveis da educação ou sociais - estabeleçam-se como se entenderem as relações e conexões entre uns e outros - levam à tentativa, recorrente, repetitiva, monótona de inventar a pólvora
primeiro, no sistema educativo, enfrentar o insucesso escolar e educativo (são coisas diferentes por muita similitude que possa ser considerada), segundo relacionar (ou tentar estreitar relações) entre escola e mercado de trabalho, há quem pense que um não vive sem o outro que um dependente do outro e tanto são pessoas da educação a pensar assim como economistas a afirmar as suas certezas; 
já que tanto se fala em autonomia, em delegar ao local competências e responsabilidades, envolver parceiros  e estabelecer parcerias porque não deixam que seja o local a decidir essas coisas? têm medo? receiam o local? 

invariáveis (1)

há coisas que mudam muito, muito, muito lentamente, quase que imperceptivelmente, mesmo fora do alentejo são aparentes invariáveis;
no alentejo decorrente em muito da estrutura fundiária e do período salazarista, ou por questões de fé uns ou outros ditaram formas de sermos, estarmos e de nos relacionarmos; uns mandam outros fazem, uns pensam outros nem por isso, uns são mais espertos que os outros, ou julgam-se assim, uns são filhos da mãe outros da maria cachucha; 
são invariáveis que determinam formas de estarmos, de desconfiados a ludibriados, de macambuzios a compadres de festas e festarolas, de funerais em alegre paródia; mas, esta invariável manda que uns têm de mandar e outros de obedecer, uns têm de indicar o caminho, outros que o fazer; é uma cultura "quase" castrense sem o ser, como se não fosse possível fazermos o mesmo caminho juntos...

invariáveis (2)

uma segunda invariável relaciona-se de perto com a anterior e refere-se à manifesta dificuldade de mudança nas escolas, nos docentes, nos alunos e nos pais/encarregados de educação; 
seriamente dependente da anterior na educação quase tudo tem mudado ao longo dos anos, seja por isto ou por aquilo, para este ou para aquele lado, muda, mesmo que seja, algumas vezes, para que fique quase tudo na mesma; 
mas há uma invariável no sistema que persiste e insiste apesar de tudo o mais, refiro-me à relação pedagógica entre professor e aluno; apesar das "invenções", foram taxionomias, objetivos, conteúdos, pelas estratégias, área escola ou projeto, pelo construtivismo ou pelo comportamento, a formação cívica ou o estudo acompanhado, ou a oferta complementar de escola, a relação pedagógica tem permanecido invariável, um ensina (ou tenta) a muitos como se de um só se tratasse; um transmite outros são recetores, maioritariamente um fala para que os outros oiçam;
invariavelmente dá no mesmo... em mais do mesmo

terça-feira, 28 de agosto de 2012

posição

ser docente e pai sempre foi um posição/situação que me incomodou - reconheço, é um pouco estar dos dois lados da trincheira, ainda por cima quando tenho a mania de tomar o partido dos alunos ("compilica" deveras a coisa);
hoje fui contactado pela escola para onde a filhota vai com a indicação que terei de ir mostrar, urgentemente, assim me foi dito, o boletim de vacinas; 
pensei, mas não disse, será que a escola se quer substituir ao centro de saúde? 
faz parte daquelas coisas que, apesar de alteradas (a matrícula, dentro da escolaridade obrigatória, é automática, o papel e a acção das unidades de saúde familiar, entre outras) continuam como sempre... impávidas e serenas na sua rotina...

regulamento

no meio de todas as desconformidades em que escolas e agrupamentos caíram, fruto das alterações de legislação, uma delas  refere-se à desadequação (senão mesmo desconformidade) do regulamento interno;
mesmo antes de iniciar os trabalhos, preparo um conjunto de itens que poderão orientar a re-redação do regulamento interno da casa;
sobressai, desde logo, uma ideia, são tantas as situações, tantas as referências, tantos os recantos que redigir um regulamento é uma questão de mera opinião; será quase impossível cobrir todos os itens, alcançar todas as premissas, respeitar toda a legislação...
mas estou certo que alguém terá essa pretensão...

horários

é certo que gosto de antecipar trabalho, ir fazendo as coisas, há boa maneira alentejana, devagar mas solidamente;
ocupamo-nos a organizar, na medida do possível, os horários; em breve começaremos a ser solicitados sobre eles, as turmas, o serviço, etc.;
nestas tentativas há duas ideias que se destacam:
a) fazer horários este ano é manifestamente diferente - pressupõe lógicas de organização e arrumação bem diferentes daquelas que têm vindo a ser hábito; as implicações de organização, gestão e decisão são deveras complicadas; mas faz-se...
b) há uma maior concentração de horários, estão mais arrumadinhos, em particular no 2º ciclo que mais parece um retorno aos desdobramentos da manhã e da tarde - é eduquês, eu sei;
como se irá gerir a diferença com o apelo às continuidades e rotinas? 

sábado, 25 de agosto de 2012

arranque

entra-se na última semana de pausa pedagógica e, para muitos, de férias; 
passei este período entre uma tentativa de recuperação do físico, manifestamente derreado que estava, e o pensar estratégias para as necessidades que se colocam à gestão nos próximos tempos; 
a alteração de diversificada legislação fez com que não existam projetos educativos consentâneos com a nova legislação, regulamentos internos atualizados, planos de ação adaptados, que os planos de atividade correm o risco de ser desajustados, que os orçamentos serão descontinuados - são questões de gestão mas também de sala de aula, como sejam a avaliação de alunos e docentes, a oferta complementar de escola, os apoios educativos, as metas de aprendizagem, o estatuto do aluno, a relação com a família, o peso do conselho geral, etc...
fora da gestão [quase] tudo decorrerá como sempre até aqui, malogradas que serão muitas das tentativas de ir em sentido contrário; soube de conselhos pedagógicos que reuniram à pressa, de outros que duraram e duraram, outros, como o meu caso, onde se apresentaram critérios "gerais" de organização simplificados; 
o certo é que se precisa de alguma coerência de gestão, já não digo de conformidades, um mínimo de consenso adquirido entre docentes para que, pelo menos o aluno não se sinta perdido entre dinâmicas do docente de português e opções do docente de matemática, preocupações das ciências e agruras das expressões... 

projeto

o trabalho de projeto é uma das áreas que mais me fascina enquanto docente, tanto em sala de aula como na gestão;
na sala de aula reconheço a dificuldade que alunos e pais sentem em integrar uma dinâmica que é diferente; muitos alunos estranharam, muitos pais me questionaram e interrogaram como, posteriormente, reconheceram vantagens e oportunidades; no trabalho de projeto há um maior tempo de preparação e adequação antes do acontecimento do que propriamente no decorrer da dinâmica de sala de aula, situação que leva alunos a duvidarem e os pais, sempre solícitos da tradição, a duvidarem da avaliação por portefólio; mas integrados na dinâmica é ver os alunos empenhados, os pais a reformularem ideias e o pessoal a crescer e a participar; 
na gestão idem aspas, trabalhar por projeto é um projeto em si; aparenta uma falta de orientação, há quem critique a falta de diretividade, o mando, pois em projeto é a rede que conta sendo esta a mais valia do coletivo em clara desvalorização da iluminação individual; 
isto porque, um pouco por todo o lado, se coloca a necessidade de repensar a educação quando não mesmo refazer a educação sendo o trabalho de projeto uma das possibilidades; 
se dissesse isto em reunião geral de professores muito sorririam com o desdém das certezas, outros anuiriam para que tudo ficasse na mesma, outros diriam que é teoria (senão mesmo política), outros nem me ouviriam; 
formação precisa-se

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

profissionais

há dias, vá lá saber-se do porquê ou do para quê, surgiram notícias, comentários e opiniões sobre o ensino profissional; 
foram situações que destacaram a "aposta" (não resisto às aspas) na área do ensino profissional, às fontes de financiamento para suportar cortes e restrições, comentários de ex-ministros sobre o valor e o mérito de tais cursos;
algumas interessantes diga-se; deixei seguir a conversa para perceber alguma coisa; não percebi muito pois, ao contrário dos fogos de verão, apagou-se rapidamente;
contudo das conversas retiro duas notas:
temos, desde a reforma de veiga simão, nos idos anos 70 do século passado, uma ideia, porventura adequada ao tempo, muito provavelmente desadequada ao presente, da pertinência desta áreas, de como foram úteis a muitos que, não seguindo estudos, "agarraram" uma profissão; não questiono nem reclamo da sua pertinência, destaco apenas a memória como elemento das políticas educativas; é de memória que são feitas muitas das políticas, como sejam a defesa e a gramática do rigor, da exigência, da necessidade de aposta no 1º ciclo, nisto ou naquilo, desta ou daquela forma; 
segunda nota, todas as áreas e ofertas formativas são adequadas e interessantes, desde que contextualizadas a muitas variáveis - interesses, objetivos, preocupações, necessidades, recursos (dos alunos, das famílias, do concelho ou do local, da escola, da economia); importante é não olharmos a formação, pelo menos a inicial e ligada à escola, como instrumento de emprego ou de empregabilidade como alguns gostam de dizer; forma-se para o mercado de trabalho, não para um emprego ou trabalho específico, forma-se para um futuro e não para o presente; 
foi pena a conversa ter-se-esfumado na areia do desinteresse;

terça-feira, 21 de agosto de 2012

desemprego

não fujo à questão da educação, relaciono-a com o emprego (ou, mais em voga, o desemprego) e a educação;
as notícias são, no mínimo assustadoras: Alentejo: Desemprego sobre 39,4% em Julho
se é certo que o presente condiciona, e muito, opções e oportunidades, é também certo no que se refere ao alentejo que a inexistência de políticas de juventude, que aliem educação e formação, cultura e sociedade dão nisto, numa certa inevitabilidade; 
os que podem fogem do alentejo, não por falta de oportunidades,. fogem ao controlo social da aldeia, da vila, do vizinho; não fogem para melhor porque cedo abandonam a escola, entram em processo de insucesso e absentismo - este ano deparei-me com duas situações que, sem serem estatisticamente de abandono, foram constrangedoras e reveladoras da incapacidade de a escola resolver determinados assuntos ou problemas;
por isso agradeço que existam docentes sem componente letiva, a escola também precisa deles, para que não nos fiquemos restringidos à sala de aula, para que se giram recursos e se definam outros objetivos que também são da escola e da educação; talvez não sejam é a escola e a educação que este governo quer...

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

questões

não estou em tempo de certezas, perdi-as quase todas pelos tempos que atravessei;
tenho dúvidas, incertezas, questões, umas talvez pertinentes outras nem tanto;
como reagirá a escola a estas questões; olhará para o lado e dirá que não é problema da escola? encolherá os ombros reconhecendo incapacidade e impotência? por onde passarão as dificuldades das famílias na sua relação com a escola? qual o papel que os docentes conseguirão assumir (e transmitir) perante dificuldades, insucesso, incerteza do aluno e da família?
a grande questão permanece perfeitamente presente, como se organizará a escola, isto é, os docentes, para responder a estes desafios? dirá que não são da sua responsabilidade, encolherão os ombros a dizer que não têm respostas, encomendarão a outros (psicólogos, centro de saúde, municípios, etc) as situações; ou será que serão capazes de se organizarem e gerirem os recursos de maneira diferente?

estado

em quase início de mais um ano letivo, qual poderá ser o estado da educação?
garantidamente que diferentes serão os pontos de vista, desde os do docente com horário ou colocado em destacamento, à administração escolar ou educativa, passando pelos sindicatos e fazedores de opinião todos terão, com maior ou menor pertinência, a sua opinião;
do meu lado, enquanto responsável por um pequeno agrupamento direi que tudo como dantes, nada de novo e, a haver algo de novo, será uma maior eficiência em determinadas situações - colocações, pessoal não docente, estruturas de apoio, por exemplo;
situação que esgotará sindicatos (nada que alguns não agradeçam), e permita um arranque quase que normal para aqueles que são os interessados na coisa educativa, alunos e famílias (argumento insofismável na gramática do senhor ministro à qual se juntará a autonomia, isto é, a capacidade de decisão do local); 
digam o que disserem, é uma estratégia muito bem montada e que nada, rigorosamente nada tem de casuística; mas há quem pense que tem...

domingo, 19 de agosto de 2012

apostas

de há aproximadamente meia dúzia de anos a esta parte que as políticas educativas se têm caraterizado e marcado por cortes e restrições, indicadores de medida de eficiência e eficácia; 
muitas destas políticas não têm origem nacional, decorrem de opções da união europeia que, fruto de orientações marcadamente ideológica, olham assim a educação;
nos Estados Unidos, em plena campanha eleitoral, é bom lerem-se algumas notícias que vão em sentido contrário;
torna-se quase que impossível pedirem-se resultados, indicadores de eficácia e eficiência, quando, por um lado, se cortam oportunidades e recursos e, por outro, não permitem outro tipo de organização escolar e educativa; 

sábado, 18 de agosto de 2012

erro

os professores trabalham com o erro; é o erro da resposta, é o erro da questão, é o erro da precipitação, é o erro disciplinar;
sem o erro quase que me atreveria a dizer que não existiria escola, pelo menos portuguesa ou tuga;
no meio do erro é ver os docentes a procurar, quase que desenfreadamente, o erro, no texto, na ideia, no argumento, na escrita, na dicção;
sem ele, sem o erro, muitos ficariam vazios de ideias, ocos de argumentos, oportunidade clara de estar calados;
mas não se discutem argumentos, ideias, opiniões, apenas o erro;
é de tal modo evidente que até nos blogues de docentes se procura erro, se identifica o erro, se questiona o erro; 
é mesmo uma questão de erro...

confronto

perante os desafios que se colocam à escola, à educação e à gestão educativa, serão de destacar, nos próximos tempos, alguns confrontos; confrontos de ideias e modelos, de conceções e valores, lógicas e ações;
desde logo, ou fica tudo como está, onde a gestão escolar e os docentes enterram a cabeça na areia, qual avestruz, a fingir que nada se passa em seu redor ou criam desafios e procuram, com outros argumentos e outras lógicas de organização, fazer mais do mesmo, como se não se tivessem alterado processos ou procedimentos; [acredito neste como elemento predominante]
um outro confronto será o referente a modelos de avaliação, onde a tendência será, por um lado, a da permanência, recauchutando objetivos, taxionomias ou metas ou, por outro, recriar lógicas para que tudo fique na mesma; 
sem ser finalmente um outro confronto será entre conceções de escola e de educação, uma decorrente dos modelos rousseunianos onde muitos fomos formados e crescemos profissionalmente e conceções tecnocráticas de gestão, decorrentes dos indicadores de eficácia e eficiência; não há uma certa e outra errada, há momentos de ajustamentos e adequações; 
não votei nestes gajos (e quase não conheço ninguém que tivesse votado, mas votaram), mas te-lo-ei que aturar e fazer aquilo que os meus colegas mandarem... se me apetecer... 

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

top

há já algum tempo atrás dei conta de como me encantou um livro que surge agora no top de algumas livrarias;
a escola - e a educação - vista sob o prisma daquele que, num tempo e num contexto, é catalogado de mau aluno; apesar de mau aluno criou futuro, fez caminho, sinal mais do que evidente que a inevitabilidade é evitável e o miserabilismo não é o caminho sem saída do mau aluno ou do insucesso;
quase a iniciar-se outro ano letivo, cheio de algumas tristes novidades, saibam os docentes e mais uns quantos, definir o que querem, o inevitável ou a construção do seu próprio caminho;

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

entre

há tempos, nos meus apontamentos, escrevi uma coisa como esta:
Em termos de educação é um repetir, quase que há náusea, os argumentos de sempre. De um lado, aponta-se o dedo ao neoliberalismo, ao crescimento do número de alunos por turma, aos exames, às metas disto ou daquilo. Do outro o facilitismo, a defesa de lógicas institucionalistas da ação pública, do reforço dos poderes e das autoridades.
De um outro lado ainda, como se de terceira via se tratasse, diz-se mal, critica-se tudo e todos, aponta-se o dedo acusatória ao que muda como se fossem apologistas da manutenção, seja a MLR, a IA ou NC. 
No meio do nada o mesmo é dizer da crítica e dos comentários contra o que está independentemente do que está, não consigo perceber onde acabam uns e começam outros dos argumentos. 
uma coisa é certa, não espero manifestações de largo espectro, interesses particulares e partidários, assim o determinam, mas que a educação está em reconversão, disso não há dúvidas...
e em setembro crescerão os indicadores do desemprego

pois

tenho resistido à escrita, pelo menos por estas bandas;
a cacofonia é tanta que se perdem sentidos, se desvanecem pertinências e se diz o que não se deve;
nos tempos que correm é difícil acrescentar algo de novo e de interessante;
esta coisa, à qual se juntam as redes sociais, mais parecem ser manifestações públicas de interesses privados; a quem interessam, o que acrescentam, o que transportam e o que promovem?
talvez regresse, talvez não, com os mesmo temas de sempre (educação, escola), talvez com outros;