terça-feira, 31 de agosto de 2010

expectativas

em termos de ano lectivo, esta altura é uma altura de expectativas;
para os professores que foram colocados, pelo menos para aqueles que tiveram essa sorte;
para o que já estão na escola que se aprestam a novos desafios e a novos confrontos;
para os alunos que, apesar de gostarem das férias, a escola é um espaço de convívio e de convivialidade;
para os pais, pelo que se apresta em termos de futuro;
há muita coisa envolvida no início de mais um ano lectivo, agora que um termina...

comunicação

sabe-se que a comunicação social, de um modo geral, tem uma tendência de simpatia para com quem está no poder;
é hábito e é tradição;
mas espera-se, pelo menos, que alguma comunicação social não disfarce a pluralidade e o sentido do contraditório com notas de rodapé, notícias em dias de folga ou simples ausência de outras perspectivas sobre os mesmos acontecimentos;
vem isto a propósito do facto de ter solicitado ao jornal cá da terra a publicação de uma nota política sobre o encerramento da escola de santana que não foi publicada;
voltei a insistir e aguardo agora o desenvolvimento de um qualquer sentido plural da comunicação social local;

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

teimosia

ainda ontem, no âmbito da manifestação o senhor presidente do município de arraiolos dava conta da teimosia do ministério da educação no âmbito do encerramento das escolas;
teimosia, pois é, na minha terra diz-se que nunca há um só teimoso;
a teimosia do senhor presidente da câmara de arraiolos mais se parece com um peixe fora de água a debater-se por ar, por alguma razão que o alimente na sua ineficiência, ineficácia e incompetência;
e ele bem que esbraceja...

mentira

em troca de opiniões, uma vez em assembleia municipal tive oportunidade de trocar algumas palavras menos cordatas com o senhor presidente da câmara;
na altura soube pedir desculpas, agora digo-o com todas as letras e com toda a pujança, a câmara de arraiolos mente com todos os dentes que tem na boca;
a propósito da manifestação de ontem junto à direcção regional de educação, os senhores dizem, como mentira inusitada, que o centro escolar não tem condições;
essa é boa; o centro escolar de arraiolos tem, para este ano lectivo, matriculados pouco mais de 100 alunos no 1º ciclo, para 6 turmas, uma média de 17 meninos por turma;
o centro escolar tem condições para 180 meninos e 8 turmas de 1º ciclo;
se as crianças comem nos corredoures deverá decorrer da ineficácia e da inoperância da acção municipal responsável que é pelas refeições do 1º ciclo;
não é com mentiras destas que lá vao, isso de certeza...

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

normalidade

depois de um acréscimo de visitas cá às cabeçadas do ge, a coisa tem tendência a voltar à sua normalidade rotineira;
publicidade gratuita, a qual agradeço a quem de direito, teve o condão de permitir entradas e saídas algo inusitadas para o que é hábito neste espaço, onde, vulgarmente, apenas passam os amigos e conhecidos;
acresce que poucos serão aqueles que gostarão de ler opiniões contrárias à sua, às ideias instituídas ou instituintes aos fazedores de opinião que tanto gostam de malhar em ferro frio;
mas estou sempre, ou quase sempre, disponível para trocar ideias, debater argumentos, apresentar perspectivas, no caso, a minha perspectiva, comprometido e implicado que sou e que estou... e assumo, ao contrário de alguns outros...

rural

na senda da discussão, a relação que não temos entre o mundo rural e o encerramento das escolas é um bom tema que nos levaria longe se não se ficasse cingido a curtas visões, sejam educativas ou de política rural;
o que o mundo rural há muito precisa é de medidas que o integrem no contexto social actual, que se valorize o trabalho na terra como investimento útil e rentável, que não se esvaziem aldeias com história, cultura e tradição em função de interesses eleitorais que, tal como no país, valorizam as sedes de concelho e a aglomeração dos votos, que a qualidade de vida associada à aldeia seja compatível com os interesses sociais e profissionais dos jovens casais, que as mobilidades não sejam meramente pendulares, mas que as freguesias possuam arte e engenho de apoiar os novos e os menos novos e aqueles que estão no meio;
na minha aldeia, e eu vivo numa aldeia na qual participo activamente mediante os meus recursos e possibilidades, os velhos aguardam serenamente o fim, os jovens divertem-se nos cafés (já não há tabernas) e fogem, sempre que podem, para a cidade, por falta de alternativas; os casais preferem levar os filhos atrás para a escola da cidade ou da sede de concelho, por desadequação de horários e por manfesta falta de apoioss de complemento familiar, a ocupação dos jovens restringe-se a medidas pontuais, algumas oriundas do ipj, muitas delas sem coerência nem sustentabilidade; há uma pretensa associação de jovens, que, em tempos apoiei e incentivei na sua organização e estruturação, mas que está colada a interesses particulares e partidários; as políticas municipais de juventude limitam-se a difundir a ideia de jovens associada a música e copos;
é necessária uma séria e consistente articulação e cooperação entre as escolas e as freguesias, de modo a assegurar e garantir os complementos familiares, que a escola possua apoios educativos que complementem o trabalho familiar, que os jovens percebam as possibilidades de empreendedorismo local e não a fuga pela fuga, que as políticas municipais de juventude incentivem à criação de raízes e de condições de fixação e se ultrapasse a trilogia jovens copos e música; que haja políticas de inserção social no apoio entre jovens e menos jovens; que a escola se institua como elemento basilar e central da aldeia e não apêndice;
são medidas várias, umas já com sucesso confirmado e afirmado, outras testadas e outras nem por isso; ~
mas remeter as culpas para os outros é sempre o mais fácil, a desculpabilização é imobilista e o que se precisa é de visão...

discussão

seja sobre o encerramento de escolas ou qualquer outra medida de política educativa, é aparentemente fácil escrever, discorrer e falar sobre o mundo da educação;
cada qual tem a sua opinião, sempre válida desde que argumentada, cada qual tem a sua ideia sobre como deve ser e como poderia ser;
discutir a educação é aparentemente fácil, pois todos, ou quase todos, fomos alunos, somos educadores e a política educativa, desde sempre, sempre esteve no meio de uma qualquer discussão social, sobre o papel do aluno ou do professor, da relação escola sociedade, do presente como do futuro, da sociedade como da economia;
o problema - se é que há problema - no meu entendimento não é esse; passa, antes pela persistente posição do contra; seja qual for a medida de política há sempre um vasto pagode de gente que defende a manutenção do que temos e apregoa contra o que aí vem;
seja qual for o governo da nação, está quase tudo mal e, mesmo antes de se apontarem alternativas, o interesse é combater as medidas;
é, aparentemente, uma discussão fútil que apenas serve para manter um curto conjunto de interesses em nome de uma estabilidade que há muito não existe;

sábado, 21 de agosto de 2010

homens

hoje, cá por casa, é noite dos homens;
bola, jogo, bebida e companhia masculina;
o resultado logo se verá...

pré-conceitos

sobre o encerramento das escolas de 1º ciclo há um conjunto de pré-conceitos, de ideias pré-concebidas que é preciso desmitificar;
diz-se que o mundo rural fecha por a escola fechar, ora é precisamente o contrário, a escola fecha porque o mundo rural está em esvaziamento; a escola sempre lá esteve, sempre se aguentou, até ao momento em que não há jovens e por isso a escola encerra; é precisamente o contrário daquilo que é afirmado;
diz-se que é uma medida economicista, porque poupa no docente, é falso pois o docente, desde há dois anos que é colocado num agrupamento e não numa escola, pode-se movimentar o docente de acordo com as necessidades e de acordo com uma gestão de recursos e não por a escola encerrar;
pelo menos no alentejo e aí eu conheço a lógica, só fecharam aquelas em que efectivamente não há alternativas, pela proximidade a centros escolares, pelos resultados, pela diferença de condições entre a escola de origem e a de acolhimento;
como sei que desde março passado que se fala e conversa com os municípios, que não há pressa;
mas há quem defenda precisamente o contrário e está enganado...

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

notícias

na página web do município nem uma palavra sobre o encerramento da escola de Santana, sobre as políticas educativas municipais, sobre qual o papel da educação neste concelho;
é apenas e simplesmente o não porque não, pronto, qual teimosia persistente, que não encontra qualquer outra alternativa ao seu próprio esvaziamento, ao imobilismo e atavismo que caracteriza o município de Arraiolos,

oportunidade

a educação é um tema político, sempre quente, sempre pronto e disponível para qualquer querela;
particularmente nesta altura, em que os ânimos estão animados, em que se aprestam as hostes para a reentrada política, em que são precisos sound bites para os jornais;
gostava apenas de saber quantas escolas e em que condições, seriam encerradas por um governo PSD ou mesmo de coligação PSD/CDS;
é só curiosidade, nada mais...

teimosia

face ao encerramento das escolas, o município de Arraiolos continua irredutível na sua posição;
quer manter e garantir a descriminação dos alunos de Santana face àqueles que estão no centro escolar;
situado a menos de 5 minutos do centro da vila;
a escola de Santana, por muito que se queira, não consegue garantir as mesmas oportunidade e possibilidades que são oferecidas àqueles que estão num centro escolar de nova geração, dotado de todas as condições e recursos;
é uma teimosia, mas também e acima de tudo uma claríssima forma de descriminação;
se assim não fosse por que é que o município apostou na construção de um centro escolar de nova geração - mantinha o que tinha, como Mora, Montemor ou Estremoz, para citar o das redondezas;
mas não foi essa a opção, porquê...

encerramento

depois de uma lista inicial que contemplaria mais de 100 escolas, cá surge a lista oficial de quais as escolas de 1º ciclo que irão encerrar no próximo ano lectivo;
muito longe do inicial, muito longe do número efectivo de escolas com menos de 21 alunos existentes na região e preceituado pela resolução, as escolas que agora encerram ficam muito, mas mesmo muito aquém daquelas que irão receber os alunos;

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

excursões

a propósito de um comentário nos desenganos, deixem-me perguntar;
o que é que o município de arraiolos faz ou tem feito pelos velhotes, isto para além das excursões e de um ou outro almoço ou jantar?
como é que o município de arraiolos apoia os mais necessitados e fragilizados do concelho, na informação a que têm direito, nos apoios que lhe são concedidos, no acompanhamento social de modo a que a velhice não seja um entreposto;
neste campo, o que é que as juntas de freguesia fazem, para além de almoços e jantares, excursões, apertos de mão;
para além de um ou outro salamaleque proposto pelo município, qual o contributo social no enquadramento dos mais velhos;
num concelho onde predomina a velhice, onde são caça a votos, o que é que tem sido feito para minimizar o tempo lento a passar;
ou tudo é culpa do governo...

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

desengano

desenganem-se aqueles que pensam que os vereadores do município de arraiolos estão a banhos;
a maioria deve estar - tal a pasmaceira deste cantinho onde nada acontece, mas o responsável pela comunicação e pelo replicar da k7 esse só deve ter ido de férias depois de despachar os boletins oficiais, o boletim municipal e a informação municipal;
tal como  câmara o boletim municipal é uma forte aposta... no passado;
tudo o que lá está é apenas para dizer que aconteceu; as obras resumem-se a uma meia página, depois é o tapete está na rua (também não têm mais nada para mostrar), e pronto, já tá;
o futuro, dizem os senhores como ateus que não são, a Deus pertence...

modernices

tenho télélé algo recente, daqueles que permite a uma qualquer pessoa estar sempre, ou quase sempre, disponível e contactável, não apenas via telefone, mas via mundo google;
as aplicações da google correm em segundo plano e permitem que, mesmo distante de um computador, a minha luz esteja verde a indicar disponibilidade - pelo menos virtual;
vai daí e de quando em quando, um amigo desafiam-me para a conversa;
e eu tão distante de uma resposta;
modernices...

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

conversa

não foi uma conversa de café, mas podia ter sido;
com uma colega e companheira de trabalho trocam-se ideias sobre o ensino especial;
o alentejo é ou tem condições para ser um estudo de caso nesta área;
rompemos a média nacional com uma facilidade algo constrangedora, quando não mesmo confrangedora;
são poucas as escolas/agrupamentos (os megas não existem,apesar da junção de escolas em três concelhos) onde as taxas de alunos com necessidades educativas especiais se situam acima dos 8% ou 9%;
agrupamentos há onde a taxa é superior a 10%;
estamos irremediavelmente perdidos...

diabo

ele há coisas que não lembrariam ao diabo, se existisse, mas que lembram às simples pessoas que fazem a comunicação social e a política nacional ou regional, no caso;
em época de fogos duas notícias simplesmente deslumbrantes:
uma primeira por cortes orçamentais não há vigilância da floresta - desculpem lá, importam-se de explicar melhor;
depois, a protecção civil quer equiparar-se à meteorologia e já faz previsão de fogos;
maravilhas em tempo de verão...

parôlos

tenho de aproveitar o léxico e fazer minhas as palavras e dizer ou escrever, que não há parolo nenhum que não opine ou divague sobre as questões de educação;
hoje foi um certamente distinto senhor que aparentemente escreve sobre a bolsa;
ele próprio afirma que não tem conhecimentos especiais, mas não deixa de dissertar sobre o ensino e sobre o eduquês;
se fossem necessários conhecimentos especiais, como certamente defenderá perante a acção bolsista, muito provavelmente guardaria o teclado e discorreria sobre outra coisa; 
o problema não é o de escrever, o problema é que muitos se reconhecem nas parolices que se escrevem como se fossem plenas verdades, e não são, são meras opiniões...

tempo

o meu pc de secretária está a dar o berro; lento, lentinho, de quando em vez engasga-se, outras vai-se abaixo;
nada melhor que uma opção algo radical, formatar a coisa, de uma ponta a outra;
para que isso possa acontecer sem grandes moléstias, há que guardar o que é para guardar;
deu para ver como o tempo passa por nós;
as primeiras coisas a guardar foram as muitas fotografias que existem e que apenas existem em suporte digital;
são memórias de um tempo e de um momento; ao olhar-las dá para ver e perceber como o tempo passou por nós, os efeitos que deixou;
há coisas menos boas, obviamente, mas também há coisas boas, uma questão de perspectiva...

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

vontade

não sei se foi de uma leve indisposição pós-almoço, mas tou que não me apetece fazer nada;
nem pensar, nem navegar, nem escrever... vontade de nada...

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

oportunidade

ainda a respeito do sítio do município de arraiolos, já agora que se actualize a programação de cinema que parou em maio;
sei que é tempo de férias, mas desde maio?

actualização

escrever é bom e é engraçado quando se presume que a escrita é lida - mesmo por quem não gosta, mesmo por aqueles que não concordam;
escrevi há dias daquilo que não se faz pelo concelho de arraiolos e utilizei o sítio do município para isso mesmo;
já está actualizado, felizmente; já é público o programa Jovens +;
cá se fica à espera que, quem de direito, diga quem se ocupou, onde, durante quanto tempo, em que funções;
afinal a minha voz de burro sempre chega a algum lado... e não é aos céus...

nesgas

o verão, por não trazer notícias, a não ser dos fogos e dos afogamentos, este ano algo inaudito, cria nesgas de oportunidade para aparecerem textos e notícias que são interessantes;
o Público diz assim:

Nascidos no fim dos anos 50, inícios dos 60, os portugueses que têm hoje entre 47 e 53 anos são a geração da transição - para a democracia, para a revolução dos costumes, para a Europa, para a globalização.

estou mesmo aqui, tenho 47 ano, nasci em 63 nos finalmentes de uma ditatura que, na altura, não atava nem desatava;
como costumo dizer, fizeram-me o favor de me deixar crescer em democracia e liberdade; aprendi e ganhei o gosto pelo debate, pela troca de ideias e de opiniões, pelo convívio entre pessoas com ideias diferentes; 
gosto da inovação pelo respeito que a tradição me merece; gosto dos prazeres simples, das coisas simples, mas sou deveras complicado;
é uma geração que perdeu o norte e não encontrou o sul, ainda anda à procura...

terça-feira, 10 de agosto de 2010

análise

apesar dos receios e de alguma - ou muita ignorância - resolvi, finalmente, avançar no processo de análise de conteúdo;
todo ou praticamente todo o meu trabalho de investigação assenta em fontes de natureza documental onde a análise de conteúdo se torna ferramenta e técnica essencial;
reconheço que tenho sentido algumas renitências em avançar por aí, dadas as minhas fragilidades;
contudo, ao iniciar o processo destaco, uma vez mais, o pingue-pongue que se se assinala entre um quadro de análise e o trabalho de campo;
como destaco as inúmeras referências que sobressaem da análise de conteúdo, das possibilidades que decorrem para a escrita;
volto a gostar de escrever e de trabalhar esta coisa;
é giro...

sem comentários

acho que os dias que têm estado não merecem comentários;
ou será que merecem;
diz-se, aqui pela minha terra, que tá cá uma estorrina...

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

mais

há falta de pior, estabeleço arraiolos como o alvo preferencial de comentários;
há muito que reside a impunidade de quem nada tem feito e muito deixado andar pelo município;
respeito a democracia, como espero que a democracia seja respeitada; ao contrário de outros não recorro ao anonimato, assumo as ideias com o meu rosto e o meu nome por baixo assumindo que é de política que se trata;
a propósito da limpeza e da higiéne, que o senhor presidente reconheceu ser uma deficiência no concelho, o que é que o senhor vereador, responsável pelo pelouro, tem feito?
em termos de higiene é uma nódoa, em termos de espaços verdes uma erva daninha, em termos de mercados e feiras uma aventura, em termos de trânsito um deixa andar, em termos de iluminação uma escuridão;
mas ele lá tá, a fazer número, a decorar um gabinete, a fazer de conta...

arraiolos

fim-de-semana prasenteiro entre amena cavaqueira sobre este concelho de arraiolos;
primeira ideia, o que se pode fazer;
rápida passagem pela página do município; dá para perceber de uma animação que não se percebe com que sentido, nem com que objectivos, nem qual a articulação da coisa com outras coisas; dá para perceber a atenção que os velhotes, alguns velhotes diga-se, merecem da câmara;
e pronto;
apesar de ter sido aprovado em assembleia municipal a alteração da ocupação dos tempos dos jovens, mas nem uma referência; nem uma alternativa para aqueles que não participam em excursões, nem quem fica por aí;
arraiolos, aquilo que tem, nada, nadica foi feito pela câmara - os tapetes vêm de há séculos, a barragem do divor foi feita pelo Estado de Salazar, o patrimómio, grandemente ao abandono, por aqueles que aqui viveram; ao município...

custos

mais um interessante comentário do S.S., que dá oportunidade para uma boa troca de ideias, infelizmente virtual;
o meu colega faz o mesmo que os cristãos, dá o mal e a mézinha; aponta a solução a partir do problema;
concordo em absoluto com a primeira parte do teu comentário;
a reconfiguração do trabalho dos professores, nomeadamente das dinâmicas de sala de aula, é um dos elementos fundamentais - e muito tenho aprendido com o pessoal da educação física (da ginástica, só para chatear), da EV e da ET, os primeiros porque há muito sabem trabalhar pequenos grupos, dinâmicas diferenciadas de treino; os segundos, pelo trabalho de projecto, pela organização das tarefas e do trabalho;
falta apenas que quem lidera a organização escola saiba filtrar e organizar os pedidos, a informação, o trabalho dos outros e há muitos que não sabem, infelizmente, coitados - de uns e de outros;
e, nesta organização, não é de poupanças que se trata, é uma k7 falsa, que dá jeito em termos de discursos e justifica muita coisa, mas é falsa, pois basta olhar os números - de docentes, contratados, custos, investimentos, manutenção, acção social, etc - para que isso seja visível;
agora tenho de perguntar, em nome da escola pública, com que resultados, com que eficácia e com que eficiência isso tem sido feito - varia de escola para escola, e muito, é certo, mas é importante que cada um, em cada escola, saiba e perceba do porquê, do como e onde se gasta... e com que resultados...

processos

entre processos e procedimentos disciplinares das notícias destaco uma ideia;
ideia que assinala a clara diferença, senão mesmo divergência, quanto aos factores inerentes à indisciplina;
por um lado, há quem diga que é o prolongamento do tempo de escola, por outro, a autoridade enfraquecida dos docentes;
entre um e outro dos factores, talvez ambos, e para quem, como eu, anda a estudar a indisciplina sob o signo das políticas educativas, tenho de referenciar os relacionamentos sociais e colectivos e os novos ou, pelo menos, diferentes, modelos de relacionamento pessoal e institucional com a escola e com a autoridade;
são, digo eu, elementos evidentes da reconfiguração do papel da escola como do docente, mas também da reconfiguração social das famílias e dos modelos parentais, cada qual com directa interferência na dinâmica de aula;
como resolver a questão? não há soluções milagrosas, mas individuais e colaborativas e, sempre, contextuais...

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

arraiolos

arraiolos e o seu marasmo, a sua apatia;

`a parte as reclamações quanto ao encerramento de escolas ou quanto `a alteração do horário de funcionamento do centro de saúde local, alguém tem ouvido alguma coisa da câmara de Arraiolos? Percebido o que ali se passa ou o que acontece?
para além do ruído mediático no qual está claramente interessada para desviar atenções, alguém percebe qual e´ a dinâmica do concelho de Arraiolos?
o que tem sido feito pelo município pelos jovens em ferias? pelos idosos com o calor?
ou estamos todos de ferias, ate´ mesmo o município, a banhos e assim passamos despercebidos mais uns dias ou meses ou anos…

chumbos

Só há pouco vi um comentário do meu companheiro de lutas e armas S.S. a propósito dos chumbos;
De tal modo as reprovações estão entranhadas no nosso quotidiano e na nossa memória colectiva educativa, que não conseguimos pensar em alternativas;
Mas há alternativas, há outras formas de podermos trabalhar os resultados, o interesse e a motivação dos alunos que não e´, por muito que queiramos, intrínseca a cada um de nós…

enjie

A minha comunicação no encontro de jovens investigadores, a realizar em Aveiro, lá para Outubro, foi aceite, soube ontem;
Vista por dois seniores deixaram-me comentários interessantes, entre a motivação e aquilo que devo de melhorar;
E há sempre coisas a melhorar…

percursos

e engraçado perceber os diferentes caminhos que podem ser seguidos em face de uma mesma orientação ou, pelo menos, de opções iniciais comuns;
perante os colega de doutoramento com quem vou mantendo conversa mais assídua, ´e possível de perceber que, apesar de o ponto de partida ter sido idêntico para todos, com uma temática que atravessou tudo e todos e que custou a muitos perceber com que linhas nos cozíamos, os caminhos agora são manifestamente diferentes uns dos outros, nem melhores nem piores apenas diferentes; 

nota

tenho notado que os senhores secretários de estado, aqueles que têm alguma coisa para distribuir, se têm atarefado nessa mesma distribuição e palmilham as terras do senhor;
já por cá passaram vários e diferentes, sempre e todos com o mesmo pretexto, o de assinar protocolos, distribuir benesses, fazer notar que existem;
é bom, o pessoal agradece e sempre há a oportunidade de ver gente em tempo de férias...

vontade

não senhor, não estou, nem fui de férias;
apenas não sinto vontade de escrever por estes lados;
ou talvez sinta vontade de escrever o que não deva;
depois da minha pausa pedagógica sinto-me mais calmo, mais tranquilo;
afinal não vale a pena andar irritado, para isso já basta o calor...

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

pifo

o meu computador esta a dar o pifo;
tornou-se, mais que a minha pessoa, em elemento anglófono, não aceita acentos, tils ou cedilhas, mas aceita a correcção ortográfica;
não queria mudar de maquina nem optar por uma formatação que me desvirtue aquilo que conheço e pela qual o meu trabalho esta balizado;
mas julgo não ter outro remédio...

chumbos

discussão recorrente na sociedade portuguesa, esta sobre as reprovações;
de quando em quando, por isto ou por aquilo, vem ao de cima uma conversa que abrange mais do que o sistema educativo e qualquer processo de ensino-aprendizagem; é uma conversa que traz consigo modelos de sociedade, lógicas de funcionamento e organização;
por isso mesmo os exemplos do norte da europa, onde não se reprova, contrapostos às lógicas francófonas, onde se reprova, e muito;
por mim continuo a dizer e a defender o mesmo de sempre, não sou a favor de reprovações que não sejam em fim de ciclo; aí, no final de um ciclo, aceito equacionar essa medida, durante o ciclo sou frontalmente contra; exige é um outro trabalho aos docentes e outras formas de organizar a escola...